quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pequeno veleiro...

Lá estava ele no meio da imensidão infinita onde o azul do mar e o azul do céu se misturavam com seus tons degrades... Estava ali, em busca de uma nova rota, onde tudo parecia ser tão calmo e tranquilo... Pequeno veleiro, banhado com a doce luz do pôr-do-sol, deixando-se levar pela correnteza acompanhado pelos botos que dançavam ao seu redor, felizes pela companhia do tão nobre veleiro. Quem estava em terra podia se deslumbrar com a beleza que se via no vulto do pequeno veleiro cercado por um corpo de dança aquático e um cenário magnífico que roubam qualquer palavra. Somente sentir era permitido... Mas o pequeno veleiro foi surpreendido por uma repentina fúria do mar. As ondas se agitaram invadindo um território que não era seu. A dança que antes era vista e admirada se escondeu no fundo do mar e o céu antes tão deslumbrante perdera sua beleza ao permitir que a negridão de nuvens enfurecidas tomassem seu lugar. As densas trevas romperam com força e a doce tranquilidade se foi. Ali estava o veleiro perdido, sem direção e imerso no caos... O mar o judiava à tal ponto que ele, o pequeno veleiro, chegou a pensar em desistir, em se entregar e ali mesmo naufragar... Mas, como tudo passa; nada é eterno, a luz do luar surge com seus passos elegantes e as estrelas irrompem os céus feito diamantes espalhados por um tecido de veludo prontos à roubar a visão até do mais distraído ser... O mar acalma, o veleiro se aquieta, os botos surgem novamente e já não há mais pavor, mais angústia, mais medo... É o deleite de se navegar por novas rotas e acompanhado por uma paisagem que por um pequeno instante parecia ser furtada, mas à tempo recuperada... Tudo passa... Tudo passa... Deus te abençoe!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Sinto. Escrevo. Não tente entender...

Desde ontem me senti como se fosse uma tela pintada com uma aquarela de emoções. Uma mistura de tristeza e alegria, decepção e esperança, força e fraqueza eram pintadas dentro de mim. Nem sempre o que esperamos que aconteça, acontece! Nem sempre o que esperamos realizar, realizamos! Nem sempre acordamos querendo rir, mas sim, chorar! Nem sempre nos preparamos pra enfrentar os gigantes, mas eles estão sempre ali a nossa frente! Quando tudo parece que deu errado, deu certo! Quando achamos que tudo está perdido..., olha a luz ali na frente... Nestes dias, em uma troca de e-mail com um amigo, falávamos sobre subir o Himalaya (claro que era uma forma de expressar as dificuldades que estavam sendo enfrentadas no momento)! Então, fiquei pensando... pensando... e cheguei a uma conclusão: "Pra subir um 'Himalaya' tenho que enfrentar não a montanha, a falta de oxigênio, o frio, o desfiladeiro, os bichos, a mata, ou o que quer que seja... Tenho que enfrentar o meu EU!" O 'eu' que quer vencer minha ousadia de tentar dar mais um passo, quando ele mostra o quanto estou longe do chão... O 'eu' que quer vencer minha força de conseguir subir mais um pouco, quando ele mostra a minha pequenez diante da imensa vista... O 'eu' que quer vencer a alegria de saber que terei a recompensa depois da luta, quando ele mostra que talvez a alegria seja passageira... O 'eu' que quer vencer a minha esperança de que com paciência e perseverança chegamos onde traçamos nosso alvo, quando ele mostra que posso lutar em vão e cair lá do alto... Eita "eu" que dá trabalho! Você já se sentiu assim? Uma tela pintada com emoções variadas?
É a luta da carne com o espírito! A luta da minha fé com meu medo! A luta que travo todos os dias... Já diz uma canção antiga e que eu gosto muito: "Essa paz que sinto em minha'lma /Não é porque tudo me vai bem/Essa paz que sinto em minha'lma/É porque eu sigo a quem é fiel/Não, não olho as circustâncias, não, não, não.../Olho seu amor, seu grande amor.../Não me guio por vista.../Alegre sou..."
Assim caminho com pequenos passos de fé. Enfrentado meus sentimentos, buscando resposta aos meus questionamentos, não deixando minha mente e coração serem guiados pelos que meus olhos assistem diariamente... Me sinto pequena, é verdade, diante de tudo que está diante de mim. Me sinto, muitas vezes, incapaz de realizar até mesmo pequenas coisas. Me sinto, perdida, diante de tantos sonhos que desejo realizar. Se eu sou complicada? Você ainda tem dúvida? Nem eu mesma me aguento...rs Mas aí é que tá o grande segredo. Existe um manual perfeito dessa fabricação enrolada e se você não encontrar o manual é melhor falar diretamente com o "FABRICANTE". Todos nós, inclusive você, tem seus momentos de delírios, de inseguranças, de medos, de querer voltar ao invés de continuar. Vontade de parar, de sair correndo, sumir... Somos humanos. Falhamos. Conseguimos. Erramos. Acertamos. Choramos. Sorrimos. Crescemos. Amadurecemos. Sentimos dores. Sentimos alívio. Sentimos prazer. Sentimos a vida! Pensamos certo, outras vezes, tudo errado. Achamos que entendemos, e por vezes, não entendemos nada... Rsrs... não tente entender isso que escrevo, talvez ao terminar de escrever tudo isso, nem eu mesma entenda. Sou assim, jorro o que sinto e depois me questiono: "Tininha, o que você tá querendo dizer com tudo isso? - respondo sem hesitar: "Sei lá! Sinto e escrevo." Mas uma coisa é certa: Deus com sua maravilhosa graça olha pra nós e com Seu humor dá uma boa risada das nossas peripécias. Sim, Ele ri. Ele sabe que dependemos dEle e quando tentamos ousar fazer qualquer coisa por nossas forças, por nosso mérito, por nós mesmos, Ele senta e fica nos observando. Ele, o Fabricante, conhece bem as peças que carregamos nessa máquina de carne e ossos. Como Pai, Ele nos observa pra ver até onde vamos; porém, isso é certo: "Ele sempre está por perto!" Então, respiro fundo mais uma vez, olha pra linha do horizonte e suspiro. A caminhada é longa. Desistir agora não vale à pena. Que venham os desafios, os gigantes, os sentimentos, as emoções, as circunstâncias... O Fabricante sempre tem a solução pra tudo. Algumas vezes, Ele conta os segredos, em outras, Ele deixa que nós os descubramos... Que o Fabricante da humanidade abençoe nossas mentes e corações!

sábado, 10 de abril de 2010

Mais ninguém...

Foi seu sorriso que iluminou meus olhos...
Foi sua voz que trouxe alento ao meu coração...
Foi seu abraço que me levou ao aconchego...
Foi sua canção que embalou meus sonhos...
Foi seu gesto que gentilmente me conduziu...
Foi sua mão que tocou a minha...
Foram suas palavras que invadiram minha alma...
Foi seu amor que me completou...
Foi você... só você... mais ninguém...